De todos os casais que desejam a gravidez a ainda não conseguiram, há uma parcela deles em que a causa não é diagnosticada. É a chamada infertilidade sem causa aparente ou com causa inexplicada. Na ausência de diagnóstico é fundamental passar por todos os exames de rotina (testes de ovulação, espermograma e estudos do útero e das trompas) para avaliação da infertilidade. Estima-se que a taxa de casos de infertilidade sem causa aparente é de, aproximadamente, 10% dos casais.
O diagnostico de infertilidade sem causa aparente é acompanhado de muita frustração, pois os casais interpretam como se a falta de diagnostico significasse também uma falta de tratamento, o que não é verdade. O mais importante é o tempo de infertilidade, pois isso está diretamente ligado ao prognóstico, ou seja, quando a duração da infertilidade for maior que três anos, o prognóstico é ruim. Com relação aos tipos de tratamento, há diversas indicações: indução da ovulação, inseminação intra-uterina ou fertilização in vitro. A decisão sobre o mais indicado para cada casal será feita com base na idade da mulher e no tempo de infertilidade.
Assim, para aquelas com idade inferior a 35 anos e com menos de dois anos de infertilidade – o que se considera um prognóstico bom – pode-se indicar a indução da ovulação com coito programado. Se o tempo for o mesmo, mas a mulher tiver mais que 35 anos, pode-se associar o uso da inseminação intra-uterina. Quando houver mais de três anos de espera, independente da idade da mulher, a melhor alternativa é a fertilização in vitro.
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